Teorías epistemológicas y conocimiento histórico del alumnadodiseño y validación de una prueba
- Francisca José Serrano Pastor Directeur/trice
- Luís Alberto Marques Alves Directeur/trice
- Jorge Ortuño Molina Directeur/trice
Université de défendre: Universidad de Murcia
Fecha de defensa: 29 novembre 2019
- María Sánchez Agustí President
- Tomás Izquierdo Rus Secrétaire
- Maria Helena Mendes Nabais Faria Pinto Rapporteur
Type: Thèses
Résumé
Durante as últimas décadas tem-se incrementado notavelmente, na área da didática das ciências sociais, investigações focadas em medir distintos elementos no comportamento dos alunos sobre como a história é aprendida e pensada. A definição de pensamento histórico tem tendido para a diferenciação entre os conceitos subjacentes à história e as operações próprias do método implicadas na construção do conhecimento histórico (Duquette, 2015). Enquanto o primeiro planeamento parece aproximar-nos mais do terreno de medição de conceções; o segundo apresenta-se em concordância com o desempenho das operações na estrutura de uma investigação histórica. Assumindo tudo isto, neste trabalho apostamos na denominação de construção do conhecimento histórico para incidir na ideia de que o método histórico assume os próprios conceitos da disciplina, que ambos os elementos fazem parte de uma mesma realidade indissociável. Desde as abordagens, e atendendo à escassez de instrumentos existentes que abarcam o conjunto da construção, a vinculação que estes instrumentos normalmente apresentam a uma proposta específica – geralmente, qualitativa – e a renuncia que se faz em qualquer tipo de generalização, encontramos o problema da investigação na conceção e validação de um teste que permita conhecer as teorias epistemológicas do conhecimento histórico dos alunos em relação às operações implicadas na construção do conhecimento histórico, definindo perfis em relação às ditas teorias. O trabalho de investigação que apresentamos, sob o titulo Teorias epistemológicas e conhecimento histórico dos alunos: conceção e validação de uma prova, define, assim, três grandes objetivos gerais: construir um teste sobre as teorias epistemológicas dos alunos em relação ao conhecimento histórico, validar o teste avaliando as suas propriedades psicométricas e a adaptá-lo ao contexto português, permitindo estudo compartilhados e/ou comparativos, no futuro. Para dar resposta a este objetivos, levou-se a cabo uma investigação instrumental (Ato, López e Benavente, 2013), realizando um estudo analítico que permitiu extrair informação mediante a análise profunda das diferentes fases do processo (Martín, 2007). Este processo incluiu as opiniões de três especialistas, um estudo piloto, um estudo final e a comparação com um critério externo de pontuação, por forma a determinar a fiabilidade da prova e a validade do seu conteúdo, no que diz respeito à sua construção e critérios utilizados (Mateo e Martinez, 2008). Realizada a investigação, contamos com o projeto da Teste sobre a Construção do Conhecimento Histórico (CONCONHIS), na versão em espanhol e português. Podemos realizar em torno dela, como conclusão, umas quantas apreciações. Em primeiro lugar, deve-se assinalar a complexidade que apresenta o resultado obtido no que diz respeito ao projeto do instrumento, que contou com reformulações repetidas das bases conceptuais. Os estudos empíricos realizados, mais concretamente o AFC final, distinguem o instrumento construção do conhecimento histórico em três dimensões: operações estruturais, operações alternativas e realização de inferências. Em segundo lugar, a fiabilidade da prova (α= .630) considera-se como aceitável de acordo com a complexidade da medida e em relação ao conteúdo, construção e critério. Em terceiro lugar, a combinação entre as dimensões resultantes segundo o seu desenvolvimento, ou não desenvolvimento, permite estabelecer distintos perfis em relação às teorias epistemológicas: legado histórico, legado histórico-novelista, historiador científico e historiador vanguardista, sendo este último o perfil que se considera ideal. Em quarto, e último lugar, a adaptação a outros contextos (neste caso específico, o português) considera-se viável e útil, obtendo uma equivalência técnica, conceptual e semântica, e indícios de uma equivalência métrica que necessita de um estudo mais aprofundado.